IstoÉ destaca internatos adventistas
O cenário seria suíço, não fosse pela simplicidade de parte das instalações, como as cadeiras brancas de plástico do refeitório. Emoldurados por colossais montanhas de pedra à beira da BR 040, em Petrópolis, os 600 mil metros quadrados do Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (Ipae) abrigam com conforto 530 alunos, 300 em regime de internato. À primeira vista, a descontração da meninada sugere tratar-se de uma escola comum. Mas a vida lá não é muito fácil, principalmente para os hormônios da adolescência. Um beijo flagrado é o suficiente para submeter o estudante ao Conselho de Disciplina, que pode tirar três pontos no “sistema de ocorrências”, dependendo do ardor da infração. Um cigarro aceso, menos três pontos, assim como o consumo de bebida alcoólica. Com dez negativos, a saída é a “transferência compulsória”, eufemismo para expulsão no vocabulário do pastor Ervino Will, 54 anos, diretor-geral da escola.