Vulcão “inflável” intriga geólogos
No sudoeste da Bolívia, próximo à fronteira com o Chile, existe uma atração natural que tem incitado uma série de debates com geólogos de várias partes do mundo. É o vulcão Uturuncu, uma montanha de seis mil metros de altura encravada no limite da cordilheira dos Andes. E algo inusitado diferencia este de outros vulcões: aparentemente, o Uturuncu está inflando cada vez mais. Ninguém sabe, exatamente, explicar o motivo, mas estimativas indicam que o vulcão boliviano está inflando entre um e dois centímetros por ano, durante os últimos vinte. Geologicamente, trata-se de uma velocidade espantosa. O que foi observado até o momento é uma gradual elevação da área que fica abaixo do vulcão. Um platô de 70 quilômetros de comprimento, sobre o qual o Uturuncu está situado, está subindo seu nível como um balão gigante.
Em busca de respostas mais precisas sobre a origem do fenômeno, pesquisadores da Universidade do Oregon (EUA) estão investigando a fundo esse mistério geológico. O que se pretende descobrir, basicamente, são o passado e o futuro: como e por que o vulcão está inflando dessa maneira, e o que deve acontecer com ele nos próximos anos.
A situação desse vulcão, como explicam pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA), pode ser imaginada da seguinte maneira: pense em um chapéu de festa de aniversário infantil. A base é notoriamente circular, o que contribui para o inchaço, já que qualquer pressão vinda de baixo se distribui de maneira uniforme.
Tal pressão também pode ser medida: os geólogos afirmam que a camada de magma tem crescido na ordem de um metro cúbico por segundo, dez vezes mais do que um vulcão “normal”. Os indícios apontam para uma erupção em breve. Mas isso seria estranho, como explicam os cientistas, porque o Uturuncu está em uma região geologicamente “morta”: os vulcões da área estão inativos há mais de um milhão de anos [segundo a cronologia evolucionista].
Quando esses vulcões entram em erupção, no entanto, o impacto material tende a ser muito maior. O volume de magma dessas montanhas da Bolívia e do Chile, quando elas explodem, tende a ser gigantesco. Em números, cerca de mil vezes superior ao Monte St. Helens, nos EUA, que já destruiu 250 casas ao longo da história. Por essa razão, vulcões como o Uturuncu são chamados de “supervulcões”.
A humanidade, por sorte, nunca presenciou a erupção de um supervulcão [Será que não?]. A última vez em que isso aconteceu, segundo estimativas, foi há 74 mil anos, na Indonésia. Os supervulcões, segundo cálculo dos cientistas, armazenam lava por cerca de 300 mil anos até explodir. A última erupção do Uturuncu, conforme estimativas, aconteceu há 300 mil anos [sic]. Devemos presenciar uma nova supererupção em breve?
Possivelmente, de acordo com os geólogos americanos. Os pesquisadores se dedicam a um intenso monitoramento do vulcão, considerando dados sísmicos, medidas de GPS e variações no terreno. Tudo para determinar quão próximos estamos de um evento natural desse porte.
(Hypescience)
Nota: A quantidade de terremotos e erupções vulcânicas neste ano tem chamado a atenção (ainda que muitos pesquisadores sempre tentem nos convencer da “normalidade” desses eventos e de sua frequência). Quem sabe quando um desses supervulcões explodir, com consequências catastróficas, as pessoas se convençam de que vivemos num planeta frágil e que “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Romanos 8:22). Além disso, é importante notar como certos eventos geológicos podem ocorrer em tempo bastante curto. Assim como outras montanhas relacionadas com atividades vulcânicas, o Uturuncu tem crescido com velocidade espantosa. Isso significa que, no passado, algum evento de tremenda magnitude (dilúvio global) poderia ter criado cordilheiras inteiras em pouco tempo, o que significa que a configuração atual da superfície da Terra não precisa ter levado milhões ou bilhões de anos para ser formada.[MB]
Nenhum comentário:
Postar um comentário