Os Dois Jardins
Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência
e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar. Gênesis 3:15
Havia uma vez um jardim.
Nele se escutavam apenas sons de alegria. Deus plantou aquele
jardim e nele colocou os nossos primeiros pais para cultivá-lo e guardá-lo.
Mas o jardim da vida se tornou o jardim da morte. O vento gelado da
transgressão soprou e dissipou a inocente alegria. Feitos para desfrutar
da comunhão com o Criador e com os anjos, Adão e Eva se esconderam,
Mas Deus veio em busca deles. “Onde estás?”, Ele perguntou (verso 9).
Esta pergunta ressoa em cada livro da Bíblia. Deus está buscando a
humanidade – busca-nos porque estamos perdidos, porque sozinhos
não podemos encontrá-Lo. Deus vem até nós para trazer salvação.
Aos nossos primeiros pais, chegou uma palavra de esperança.
Deus prometeu uma “semente” da mulher que, no tempo certo,
iria esmagar a cabeça da serpente. Embora aquele filho de
Eva fosse sofrer no processo – “tu lhe ferirás o calcanhar”
– Ele seria o agente divino para assegurar o triunfo do bem
no grande conflito contra o mal.
Houve outro jardim. Nele, numa quinta à noite quando a lua estava
cheia, um Homem ajoelhou-se para orar. Ele tinha vindo a este lugar
muitas vezes, a fim de buscar uma comunhão tranquila com Deus,
e havia saído refrigerado. Mas agora suava gotas de sangue.
Agonizando ele gritou: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice!
Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39).
Aquele Jardim que se tornou o jardim da morte para Jesus de Nazaré
é o jardim da vida para nós. Por estar disposto a sofrer a morte,
no lugar de cada homem e mulher (Hebreus 2:9), Jesus reverteu a
perda do primeiro jardim.
Embora o calcanhar de Jesus Cristo tenha sido ferido, ao morrer
Ele nos salvou libertando-nos da culpa e quebrando o poder do inimigo
sobre nós. Agradeço a Deus pela “semente” da mulher!
Autor: William G. Johnsson
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